Dia 28 de abril: Dia Internacional do Cão-Guia

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O cão-guia é um animal adestrado especialmente para ajudar deficientes visuais em seu cotidiano com tarefas que demandam maior atenção e cuidado. Dessa forma, eles passam por um rigoroso treinamento, que normalmente dura de um ano e meio a três anos. O adestramento é composto por algumas fases: socialização, treinamento e instrução, e começa quando esses animais ainda são filhotes.

Fases da formação do cão-guia

A primeira etapa do processo de formação do cão-guia é a rigorosa seleção do cachorro, seguindo critérios genéticos e comportamentais. Essa fase é caracterizada pela observação dos filhotes até a oitava semana de vida, a fim de identificar os animais com boa saúde, bom temperamento e espírito de liderança.

Antes de chegar ao treinamento intensivo, o cão precisa ser socializado. Para isso, os filhotes são recebidos por famílias voluntárias que conduzirão um processo de educação inicial. Nessa etapa, aos três meses de vida, há o chamado acolhimento familiar por período que varia de um ano a um ano e três meses. Na prática, a família leva o cachorro a todos os locais: shoppings, transporte público, parques, museus, escritórios, entre outros. O objetivo primordial é acostumar o cão à vida em sociedade e a enfrentar situações do cotidiano. A família acolhedora pode ter qualquer perfil – casais (com ou sem filhos), solteiros, famílias grandes ou pequenas.

O cão passa a ser parte da família e a acompanha em todos os lugares, aprendendo sobre o ser humano e a maneira de viver. Após o período de um ano de socialização, o cão retorna para a escola e a família pode habilitar-se para receber um novo filhote. Após o período de socialização, o cão entra na fase de treinamento. Na escola, a nova fase de vida do cão está centrada no treinamento diário – por um período de três a cinco meses – no qual receberá instruções especiais com profissionais com formação técnica única no país. Nesta etapa, profissionais especializados ensinam ao animal comandos necessários para que o cachorro consiga guiar uma pessoa cega: desviar de obstáculos, identificar degraus, parar nas guias, entre outros. Durante esse aprendizado, o cão deve seguir um plano todos os dias para que se acostume com as dificuldades e se mantenha focado. Ele passa a usar uma guia – um tipo de “colete” com alça rígida – que serve para os comandos dados pelo dono. O cão assimila que esse acessório indica que está trabalhando. Ao tirá-lo, o condutor indica que o animal está liberado para se comportar como um pet.

Enquanto o animal está na fase de treinamento, inicia-se outra etapa simultaneamente – a escolha do futuro usuário. Esse contato é personalizado: cada cão é indicado para o usuário, respeitando as características comportamentais de ambos. Depois da etapa do treinamento, o cão-guia passa pelo período de adaptação com o novo dono. Essa última fase do treinamento é o “processo de transferência”, no qual o time de graduados (cão e usuário) passa a ser treinado nas áreas onde decorrerá a vida conjunta da dupla. Nesta fase, o cão e a pessoa com deficiência visual passam por treinamentos para alinhar o ritmo e a convivência de ambos. Cão e condutor aprendem a fazer a leitura da comunicação corporal: enquanto o cão aprende a receber os comandos; o tutor aprende a fazer a leitura corporal do cão, a seguir os movimentos do animal. Após a adaptação, os novos companheiros seguem sozinhos, porém, é feito o acompanhamento periódico com o treinador para eventuais ajustes que sejam necessários.

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