Carroção coletor de lixo
Nos séculos XVII e XVIII a preocupação com a limpeza da cidade concentrava-se em momentos específicos, em especial na preparação do espaço público para eventos e festejos, ou seja, a limpeza estava associada à própria constituição e à celebração de um espaço comum e público. Ao longo do século XVIII, várias vezes a Câmara Municipal determinou a limpeza, que englobava o mato e as “imundícies” consideradas lixo, especialmente defronte às casas, e estabeleceu os locais de despejo. Por volta de 1800 a cidade contava com 38 ruas, 10 travessas e 6 becos.
Foi em 1869, quando a cidade tinha pouco mais de 30 mil habitantes, que teve início o serviço de limpeza pública regular na cidade, em uma época de grandes transformações sociais e urbanas com a grande imigração e a riqueza do café. A Câmara Municipal assinou um contrato de dois anos com o Sr. Antonio Francisco Dias Pacotilha – que pode ser considerado o primeiro contrato para prestação de serviços de limpeza pública na cidade, e a prefeitura colocou na rua veículos de tração animal para coletar o lixo domiciliar e varrição das ruas.
Movido à tração animal, o modelo com rodas de ferro foi utilizado na limpeza pública da cidade de São Paulo nas vias de terra até o início do Século XX.
Depois que o lixo era varrido para o canto da via, os funcionários da limpeza utilizavam forcados ( uma espécie de vassoura em formato parecido ao tridente) para recolher o lixo e o acondicionavam nessa carroça, para que fosse transportado.
Centro de Referência do Museu Catavento
Foto: Pâmella Andrade